São Paulo sob nova direção
O São Paulo precisou agir de maneira rápida no mercado da bola e cravar a chegada de seu novo treinador após a saída de Dorival Júnior para a Seleção Brasileira. Em menos de uma semana, Thiago Carpini virou a bola da vez e já assumiu o comando do Tricolor.
Embora tenha feito a reposição de maneira ágil, a movimentação pegou o Tricolor não apenas de surpresa, mas também em franca repaginação. Momento em que o Clube se preparava para a atual temporada, tanto na busca por reforços, como também na resolução de situações pendentes no elenco, como foi o caso do volante Gabriel Neves.
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A chegada teve o aval de Muricy Ramalho, que fez questão de detalhar contratação do treinador. Contudo, nesta segunda-feira (15), Carpini concedeu sua primeira entrevista coletiva e abordou aspectos que caracterizam o elenco que tem em mãos.
Contudo, Carpini iniciou deixando claro que está por dentro de como o São Paulo administra seu plantel: “Desde o primeiro bate-papo com a diretoria, que espero que se repita em outros clubes, para se ter mais critérios, eu sei muito bem todos os jogadores. Os que estão participando da base, os que saíram, os que jogaram mais, os que jogaram menos”.
Prioridades de contratação no São Paulo?
O treinador elogiou o plantel Tricolor, após afirmar que “A planta do São Paulo” lhe foi passada. No entanto, como não poderia ser diferente, Carpini foi indagado sobre seus desejos de reforços. O novo treinador do Soberano foi pontual ao explicar a situação.
“Acredito que algumas peças pontuais podem daqui a pouco surgir, se for uma boa oportunidade para o São Paulo, se entendermos que precisamos de um lateral, um atacante… Se acontecer. Se não acontecer, estou muito contente, otimista para fazermos um grande ano”, declarou o comandante do único Tricampeão Mundial de Clubes do Brasil.
Carpini também abordou casos de jogadores que estavam foram dos planos: “Todos os atletas que se apresentaram foram num consenso da diretoria, do planejamento, até ter essa troca de comando. E eu penso que não só o Luan, entra aquilo que falamos de gestão e do lado humano. Todos que estiverem aqui no São Paulo, seja do mais jovem da base ao Rafinha”.
O caso de Luan ganhou uma explicação à parte por parte do treinador: “Luan é um cara que está integrado, vai brigar pelo espaço dele. Cabe a mim, dar espaço. Luan vai brigar pelo espaço dele, se fizer por merecer no dia a dia volta a jogar. Se não fizer, outro faz, volta para o fim da fila. Tenho uma coisa comigo de não desistir das pessoas, mas todo mundo tem um limite.”, explicou Carpini.
Carpini, “o Muricy de Telê Santana”
Durante a entrevista coletiva, a pouca idade de Carpini e sua experiência ainda incipiente viraram pauta. Mas, o novo treinador do Tricolor deu uma explicação bastante segura sobre a situação e expôs como encara o desafio.
“Essa é a minha primeira de dirigir um clube desse tamanho. A gente só se torna mais experiente ou mais vivido em determinadas situações passando por elas. Antes da idade, enalteço mais a coragem do São Paulo de me oportunizar. Vejo um grande desafio, mas prefiro ver o copo meio cheio: é uma grande oportunidade”, explicou o treinador.
Carpini fez questão de comentar sobre como foi o processo de sua contratação e chamou atenção ao citar a relação entre Telê Santana e Muricy Ramalho como exemplo que gostaria que fosse repetido.
“Eu me senti muito seguro pela maneira que o São Paulo me abordou, os processos internos da diretoria, do Rui, as conversas com o Muricy. É inevitável a referência que ele é para nós, treinadores jovens. Trabalhar num clube dessa grandeza, tendo um respaldo de um cara como ele, é um privilégio. No sábado ele falou sobre a relação que ele tinha com o Telê. Eu quero que o Muricy seja o meu Telê. Sou desprovido de vaidade e quero aprender com ele”, finalizou.