O Conselho de Orientação do Corinthians (CORI) aprovou, na noite desta segunda-feira (26), por unanimidade, uma recomendação de impeachment do presidente Augusto Melo, com 13 votos a favor.
A decisão se baseia em alegações de gestão temerária, incluindo a não apresentação de balanços auditados e documentos obrigatórios ao órgão, e não está vinculada ao processo sobre o contrato com a VaideBet.
Na próxima quinta-feira (28), o Conselho Deliberativo do clube decidirá se Augusto Melo será afastado temporariamente. Caso a decisão seja desfavorável ao presidente, ele será destituído de forma provisória até uma nova votação entre os sócios do Corinthians, que definirá seu futuro à frente do clube.
As críticas ao mandato
O CORI também abordou as contas do segundo trimestre deste ano, optando por não aprovar nem reprovar o balancete devido à falta de documentos e informações inconsistentes apresentadas pela atual gestão comandada por Augusto Melo.
Apesar de ter conquistado maioria no colegiado em sua eleição no início do ano, Augusto Melo perdeu rapidamente o apoio político dentro do clube, em menos de 12 meses de mandato.
Para que o processo de destituição avance, o presidente do Conselho Deliberativo, Romeu Tuma Júnior, precisa encaminhar o pedido à Comissão de Ética do Corinthians. A decisão do CORI reforça as pressões pela saída de Augusto Melo, que enfrenta um dos momentos mais delicados de sua gestão.
Contexto político
O Conselho de Orientação, composto por ex-presidentes, membros vitalícios e conselheiros eleitos, desempenha um papel fundamental na governança do clube. A crise política atual expõe os desafios administrativos e o crescente descontentamento com a condução da gestão de Augusto Melo.
No domingo (24), os jogadores e a comissão técnica demonstraram apoio ao atual presidente. Entretanto, estes não são inclusos na votação. Contudo, o fato é que essa questão política pode vir à atrapalhar o bom momento que vive a equipe do Corinthians dentro dos gramados.
