Sobrou aos cariocas:
Nesta sexta-feira (6), uma notícia bombástica agitou, e muito, todo o futebol brasileiro: Memphis Depay foi confirmado como novo reforço do Corinthians, chegando com contrato de 2 anos e um salário astronômico.
Em decorrência disso, criticando essa situação em relação aos paulistas, o colunista Danilo Lavieri, do UOL, alfinetou também o Botafogo, dizendo que “se colocou como uma grande vítima de perseguição” sobre o fair play financeiro.
“É algo bastante trivial em qualquer campeonato mais organizado de elite regras financeiras que impediriam essa operação“, iniciou o comunicador, que não parou por aí e foi além:
“Nos últimos dias o Botafogo se colocou como uma grande vítima de perseguição por causa do tema, mas a chegada do holandês no Timão é outro que escancara a urgência de regulamentação nesse sentido no país”, disse.
Críticas e mais críticas:
“Como pode uma equipe que não tem seus compromissos em dia estar firmando um acordo com um jogador desse nível? É justo com o Cuiabá que não recebe o pagamento por Raniele em dia ver o seu concorrente direto contra o rebaixamento se reforçando? É justo com quem prestou serviços ao time e não recebeu o combinado?”, questionou o comunicador, que foi criticado por Textor.
“Ainda que o dinheiro injetado seja de um patrocinador, não existe, em um campeonato, você permitir que uma equipe gaste sem estar com todos os seus outros compromissos em dia“, acrescentou.
“É injusto com quem faz o certo, que é honrar com os pagamentos. Isso é ou não é doping financeiro?”, ponderou, indo na mesma linha de vários outros jornalistas que criticaram essa investida do Corinthians.
Botafogo novamente citado:
“Nos últimos tempos, o assunto fair play financeiro no Brasil tem virado debate por conta do Botafogo, que investe em contratações praticamente 100% do seu faturamento recorrente. Essa é outra prática que não é permitida em nenhum sistema de fair play financeiro europeu”, disse, antes de completar:
“Mas mais grave do que contratar com dinheiro que não está no seu faturamento é continuar no mercado sem pagar as parcelas de suas outras contas. É um escárnio”, argumentou.