Nesta semana, Palmeiras, São Paulo e Flamengo disponibilizaram suas estruturas de treinamento para receber os clubes gaúchos numa tentativa de oferecer uma alternativa para a não paralisação do Campeonato Brasileiro. O convite foi prontamente negado pelos dirigentes da dupla Gre-Nal.
“Nós aqui no Grêmio recebemos essa solidariedade, como também de quase todos os clubes, mas também julgo que é justamente por conta desse distanciamento e de não saber o que estamos passando é que estão oferecendo isso. Talvez nos sirva a partir de junho, para a gente poder pensar nisso, mas agora não tem como eu chegar para os meus jogadores, falar para se reunir e vamos treinar que semana que vem tem jogo, não tem como. Eles estão preocupados com suas famílias, muitos dos jogadores perderam casas, 70 pessoas que trabalham no CT do Grêmio, a grande maioria perdeu muita coisa, estão em casas de amigos e parentes. Não são só os 22 jogadores que vão viajar que representam o Grêmio, nós temos 350 funcionários, 400 com os jogadores, e tirar eles de suas famílias nesse momento para morar em outro estado? Essa é realmente uma solução de quem está muito distante do problema. Agradeço, obrigado pelo carinho, por tudo, mas assim, deixa a gente aqui salvando nossas famílias e depois quando a gente puder falar de futebol, a gente vê a melhor solução”, falou Alberto Guerra em entrevista ao Uol.