Guardiola, o pai da posse de bola
Está confirmado. O Mundial de Clubes colocará pela primeira vez, frente a frente, Pep Guardiola e Fernando Diniz. O jogo será pela final da competição nesta sexta-feira (22), em confronto entre Manchester City e Fluminense.
Guardiola é um dos precursores do “Tiki Taka”, e da posse de bola no futebol. Ou seja, treinadores com essa filosofia acreditam que quanto mais seu time obtiver a bola em seus pés, mais serão as chances de se encontrar o gol.
A forma de jogar que encantou o mundo foi aperfeiçoada por Guardiola de 2008 até 2012 no Barcelona. Com jogadores como Messi, Xavi e Iniesta, o treinador implementou seu estilo de jogo, encantou o mundo com uma troca de passes absurda entre os jogadores, e levou 14 canecos para a casa.
A inspiração de seu estilo de jogo foi longe. Com esse mesmo formato, muitos jogadores do Barcelona conquistaram a Copa do Mundo em 2010, e a posse de bola, com movimentação e envolvente, sempre estava presente naquela seleção.
Ascensão de Diniz e comparações com Pep
O estilo de jogo de Pep fez muitos fãs no mundo do futebol. Quando Diniz despontou para o futebol com o Audax-SP, em 2016, no Campeonato Paulista, a forma como seu time tinha amor pela bola e pela troca de passes rendeu comparações ao estilo de jogo do treinador espanhol.
Depois disso, Diniz foi para clubes de expressão do futebol brasileiro, e nunca abriu mão das suas convicções de jogo e da posse de bola. Foi assim, com essa maneira de pensar, que Diniz chegou a seleção brasileira e foi campeão da Libertadores com o Fluminense.
Durante este período, Diniz foi fortemente criticado por, em certas situações, nunca abdicar do seu modo de jogar, mesmo em situações adversas. Mas o seu modo de ver futebol, estava acima de qualquer crítica.
Em 2022, participando do programa Bem Amigos, Diniz respondeu a uma pergunta sobre comparações sobre o seu modo de jogar com Guardiola, mas disse que são ideias opostas. “Por gostar de ter a bola, obviamente as pessoas me associam ao jeito do Guardiola jogar, mas para por aí. A maneira dele ter a bola é quase o oposto da minha. É um jogo mais posicional, que se chama hoje. Os jogadores respeitam muito a posição e a bola vai no espaço”, afirmou.
Fato é que na próxima sexta, teremos uma Final de Mundial de Clubes muito gostosa de se acompanhar pelo lado dos treinadores. Propostas tão parecidas de jogos serão postas frente a frente. É a oportunidade perfeita para que Diniz demonstre o quanto pode estar na galeria de Pep Guardiola.