Marcos Braz, vice-presidente de futebol do Flamengo e vereador do Rio de Janeiro, foi acusado de envolvimento em um esquema de desvio de dinheiro durante seu mandato como Secretário de Esportes da Prefeitura do Rio de Janeiro, entre 2015 e 2016. As acusações surgiram de uma delação premiada realizada pelo empresário Marcus Vinícius Azevedo da Silva em 2019. Segundo o delator, Braz teria recolhido dinheiro desviado de projetos esportivos da prefeitura.
O caso também envolve o Senador Romário, que teria sido beneficiado ilegalmente pelo esquema. Ambos, Marcos Braz e Romário, estão sendo investigados pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal. As autoridades abriram um inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) para investigar os indícios de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Marcos Braz se pronunciou sobre as acusações através de uma nota oficial. Ele nega veementemente as alegações e questiona a divulgação dos fatos em pleno período pré-eleitoral. Segundo Braz, causa estranheza que informações de uma delação feita em 2019 sejam divulgadas apenas agora, quase cinco anos depois. Ele afirma estar à disposição das autoridades e manifesta interesse em esclarecer os fatos com a maior brevidade possível.
— O senhor Marcos Braz foi secretário pelo período de 16 meses, entre os anos de 2015 e 2016, ou seja, há quase nove anos. Causa estranheza que estes fatos, levados ao conhecimento dos órgãos de imprensa, de uma delação que supostamente foi feita em 2019, já passados cinco anos, sejam noticiados só agora, em pleno período pré-eleitoral, que se nega veementemente a própria existência destes fatos, afirmou Braz.
O Ministério Público Federal solicitou à Prefeitura do Rio de Janeiro detalhes sobre contratos assinados por Braz com o Centro Brasileiro de Ações Sociais para Cidadania (Cebrac), no valor de R$ 13 milhões. Esses contratos tinham como objetivo a reforma de locais destinados à prática de esportes, e são parte das investigações sobre os desvios de dinheiro.
Ademais, Braz destaca que a denúncia é antiga, remontando a eventos de quase nove anos atrás. Ele argumenta que a divulgação das acusações neste momento pode ter motivações políticas, especialmente considerando o período pré-eleitoral. Braz reitera sua inocência e sua disposição para colaborar com as investigações.
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