Mais uma lesão no Palmeiras
A nova lesão de Estêvão, no músculo posterior da coxa esquerda, trouxe à tona o problema recorrente de lesões no Palmeiras em 2024. Até o momento, o clube soma 24 ocorrências médicas em 55 jogos, registrando a maior média de lesões por partida desde a chegada de Abel Ferreira.
Com uma média de 0,43 lesão por jogo até setembro, o Palmeiras enfrenta sua temporada mais difícil nesse aspecto. Esses dados foram levantados pelo Espião Estatístico.
Comparativamente, essa média supera a de 2021, que foi de 0,39 lesão por partida, em um ano que acumulou 73 jogos devido à pandemia.
Mudança no calendário?
Nos primeiros meses de 2024, o número de lesões era similar aos de outras temporadas sob o comando de Abel. No entanto, o cenário mudou drasticamente à medida que o calendário avançou e o clube começou a acumular jogos, especialmente devido à Copa América, que não interrompeu o Campeonato Brasileiro.
O impacto foi notável entre julho e agosto, quando o Palmeiras registrou 13 lesões, superando todo o primeiro semestre. A comissão técnica e a diretoria do Palmeiras apontam o calendário apertado como o principal responsável pelo aumento de lesões.
Clube é um dos que mais pressionam a CBF por uma revisão do calendário nacional. Como destacou o diretor de futebol, Anderson Barros, em 2022, o Palmeiras é “penalizado” por chegar a muitas finais e enfrentar uma sobrecarga de jogos.
Abel Ferreira criticou o calendário brasileiro
Recentemente, Abel Ferreira voltou a abordar o tema do desgaste físico devido à sequência de jogos. Com as eliminações na Copa do Brasil e na Libertadores, o Palmeiras agora se concentra exclusivamente no Campeonato Brasileiro, o que tem proporcionado semanas livres para treinos e uma melhora no rendimento.
Em um tom crítico, Abel destacou a importância de uma melhor organização do calendário brasileiro, que enfrentará o Vasco. Ele acredita que uma gestão mais equilibrada permitiria ao clube manter seus atletas em boas condições físicas por mais tempo, além de aumentar a qualidade do futebol no país. “Se jogássemos semana a semana, talvez eu ficasse aqui até 2027 ou 2030“, desabafou o treinador.