Clima de tensão
Fluminense e Boca Juniors entram em campo no próximo sábado (4), no Maracanã, para a final da Copa Libertadores da América. A bola rola para o duelo decisivo às 17h, pelo horário de Brasília. A final que será disputada em partida única está mexendo com as emoções do torcedor.
[AO VIVO: FLUMINENSE X BOCA JUNIORS NA LIBERTADORES]
Enquanto muitos estão animados para acompanhar uma grande partida, outros estão praticando atos de violência. Às vésperas da grande decisão, o conflito entre torcedores do Fluminense e Boca Juniors no Rio de Janeiro tem chamado atenção.
A onda de violência acabou forçando a Conmebol, a CBF e representantes dos clubes a realizarem uma reunião emergencial. Sendo especulado inclusive a possibilidade de o duelo ser realizado com portões fechados.
Nas redes sociais, internautas estão demonstrando apreensão com a situação e cobrando um posicionamento firme dos clubes e das entidades por trás do evento, em especial a Conmebol. Outros ainda a mancha que os conflitos causam para o Brasil.
Pode piorar
Para o jornalista Mauro Cezar Pereira, a situação tende a piorar. “Estão fazendo covardia. Não que eu defenda isso, mas torcida briga com torcida. Os caras estão batendo em gente que não tem nada a ver, turista, mulher, pessoas que estão ali, claro que alguns estão ali acabam enfrentando, mas os barras do Boca ainda estão a caminho, então a tendência é isso piorar.”, avaliou durante o Posse de Bola.
“Está havendo uma caça aos torcedores do Boca e se o policiamento não conseguir fazer o isolamento adequado, quando a turma disposta a enfrentar esses torcedores do Fluminense estiver no Rio de Janeiro, o que vai acontecer nas próximas horas, a tendência é isso piorar.”, prosseguiu.
O jornalista ainda avaliou que o fato de ser uma decisão em partida única acaba dificultando a prevenção de conflito entre as torcidas. “Tem uma característica da final (única) que você dá quase metade do estádio para a torcida visitante. Então isso faz com que eles venham com um número muito maior.”.
Mauro Cezar destacou que no caso de duas partidas, a presença de torcedores rivais seria menor. “Fosse dois jogos como no passado, você teria um pequeno pedaço do Maracanã reservado para uns 5 mil argentinos. Você tem os 20 mil lugares atrás do gol e mais os lugares das áreas centrais. Pelo menos uns 30 mil torcedores do Boca deverão estar no estádio.”.
Outro ponto destacado pelo colunista foi a cultura do torcedor argentino de acompanhar a equipe. “E o torcedor argentino tem essa cultura de vir mesmo sem ingresso para participar de todo esse movimento.”, completou.