Polêmicas contra o CRF
Mesmo com os desfalques na Copa América – Pulgar, Arrascaeta, De La Cruz, Vina e Varela -, o Flamengo de Tite vem se mantendo na liderança do Brasileirão Série A 2024. No último domingo (30), o CRF bateu o Cruzeiro por 2 a 1 no Maracanã.
Em um dos lances polêmicos da arbitragem de Bráulio Machado da Silva, o juiz catarinense marcou inicialmente uma penalidade em cima de Ayrton Lucas no segundo tempo. No lance, o lateral-esquerdo rubro-negro teve o rosto acertado por Robert, da Raposa.
Após assinalar a penalidade, Bráulio foi chamado pela Cabine do VAR para revisar o lance. No áudio divulgado pela CBF nesta segunda-feira (1), Daiane Muniz, que estava no comando da cabine, primeiramente concorda com a marcação do juiz de campo e analisa que o braço de Robert é temerário ao acertar Ayrton Lucas.
Só que seu auxiliar na cabine, Adriano Assis Miranda, levantou um questionamento ao indicar que ambos os atletas estavam de olho na bola naquele momento. Por isso, não haveria a intenção de Robert tirar proveito de Ayrton Lucas no lance.
O que o VAR falou?
Daiane, então, analisou novamente a jogada e recomendou a revisão a Bráulio, mudando de opinião instantaneamente. Com isso, o árbitro, ao rever a jogada no vídeo, acabou voltando e anulou a penalidade e tirou o cartão amarelo ao jogador do Cruzeiro.
Veja o diálogo na íntegra:
DAIANE – “Por todos os ângulos eu confirmo que realmente existe um braço no pescoço do jogador do ataque. – Ele não tem um movimento adicional, porém ele é temerário nesse braço e acaba golpeando o adversário com intensidade leve. Estão de acordo?”
ADRIANO (AUXILIAR DO VAR) – “Tem um movimento do jogador defensor que joga a bola primeiro. Tem esse braço rosto sim que você narrou, porém os dois estão em velocidade. Para o mesmo ponto onde a bola está. Os dois estão olhando a bola, tem o braço no rosto sim. Os dois estão em velocidade e o jogador de vermelho entra embaixo dele”.
DAIANE – “Você tem razão, Adriano. O defensor está sempre olhando a bola. Esse braço na verdade foi uma ação natural para o impulso de cabeceio dele. Eu refaço a minha análise. Bráulio, eu recomendo revisão para possível não penal. Existe sim o braço no rosto, mas o defensor está sempre olhando para a bola. Eu entendo como não faltosa essa ação. Em nenhum momento há ação adicional do defensor”.
BRÁULIO – “Perfeito. É um momento justificável na ação de salto. No campo tive impressão de um golpe adicional que não existe. Vou voltar com bola ao chão e retirar o cartão amarelo“.
O lance, é verdade, não influenciou na vitória por 2 a 1 do Mais Querido, porém é mais um caso polêmico de arbitragem nesse Brasileirão Série A 2024. Além disso, Gerson ficou reclamando da não marcação de falta de Lucas Silva no início da jogada do gol do Cruzeiro, marcado por Matheus Pereira.