Traumas de 2023 ainda vivos na Vila
A temporada de 2024 do Santos começou muito melhor do que houve nos últimos 12 meses. No Campeonato Paulista, o Clube chegou à decisão após sete anos e o início no Brasileirão Série B não poderia ser melhor.
As vitórias contra o Paysandu e o Avaí deixam o time de Fábio Carille com 100% de aproveitamento e na liderança da Série B. A participação inédita na divisão de acesso ocorreu após um 2023 catastrófico em todos os sentidos.
Além do rebaixamento inédito em 111 anos, o Santos sofreu nos bastidores com dívidas, atrasos salariais e até jogador envolvido em esquema de manipulação de resultados. Caso do zagueiro Eduardo Bauermann.
O zagueiro de 28 anos esteve envolvido na Operação Penalidade Máxima e foi suspenso do futebol por um ano. Teve seu contrato rescindido com o Santos em 29 de junho, mas foi oferecido ao Athletico-PR, de Cuca. A informação foi do jornalista Vinícius Furlan.
Bauermann vai para o Athletico-PR?
O treinador, que recentemente passou pelo Peixe, estaria analisando a contratação do zagueiro, porém ainda não tomou uma decisão. Até pela repercussão do atleta, que se envolveu em um esquema sujo de apostas.
Assim que saiu do Peixe, Bauermann chegou a negociar sua ida para o futebol turco, enquanto que o Peixe manteria 40% dos seus direitos econômicos. Porém, com a suspensão aumentada de 12 jogos fora pelo STJD para 365 dias, o zagueiro permaneceu livre no mercado.
O beque só poderá voltar ao futebol no fim de maio e começo de junho. Por isso, a contratação – em caso do Athletico-PR – poderia ocorrer mesmo com a janela fechada, já que se trata de um atleta sem vínculo com nenhum outro clube.
Ele está fora dos campos desde 3 de maio de 2023, quando atuou na derrota por 1 a 0 para o Newell’s Old Boys, da Argentina, pela Copa Sul-Americana. Após o duelo, Bauermann foi afastado do elenco por conta das investigações do Ministério Público na chamada Operação Penalidade Máxima.
O que era a operação Penalidade Máxima?
Era uma série de operações em realizadas pelo Ministério Público do Estado de Goiás para investigar a chamada Máfia das Apostas, um grupo que se organizou para realizar esquema de apostas esportivas após aliciar jogadores.
Após apuração das autoridades, o número de envolvidos chegou a 26. Além deles, há diversos outros nomes que apareceram como citados na investigação do Ministério Público.
Em divulgação de conversa pela Revista Veja, o então zagueiro do Santos recebe uma bronca de um apostador por não cumprir o combinado de levar um cartão amarelo no empate entre Peixe e Avaí no Brasileirão de 2022.
O combinado, segundo a conversa, seria o defensor receber R$ 50 mil pelo cartão. Entretanto, depois de não cumprir o acordo, teria que cobrir as perdas do apostador, chegando a receber ameaças do mesmo.