Detalhes da vida de Artur Jorge, do Botafogo, no Rio de Janeiro

Treinador português se adapta à nova vida e busca equilíbrio entre futebol e vida pessoal no Brasil

Artur Jorge está vivendo um momento de destaque no Botafogo, que disputa o título do Campeonato Brasileiro e avançou para as quartas de final da Conmebol Libertadores. Com apenas quatro meses e meio de trabalho no Brasil, essa é a primeira experiência do treinador fora de sua terra natal, Braga, em Portugal. Aos 52 anos, ele enfrenta seu maior desafio profissional até o momento, lidando com a pressão e o ritmo intenso do calendário do futebol brasileiro.

Apesar da correria, Artur Jorge encontrou maneiras de aproveitar o Rio de Janeiro, cidade que o acolheu desde que chegou ao Brasil. Um dos refúgios favoritos do treinador é um boteco em Ipanema, que o conquistou não só pela comida, mas também pela vista privilegiada para a praia.

Frequentemente, ele vai ao local para saborear uma picanha “Osvaldo Aranha” e desfrutar de momentos de descontração. Antônio Rodrigues, dono do Boteco Belmonte e torcedor do Botafogo, fala com carinho do treinador: “Artur é uma figura simpática. Sempre que ele quer vir, damos um jeito de reservar a mesa. Ele tem feito um grande trabalho no Botafogo.”

Além dos passeios gastronômicos, Artur Jorge também aproveita as praias cariocas. São Conrado, na Zona Sul, e Prainha, na Zona Oeste, são suas preferidas. A Prainha, em particular, é um local onde o treinador consegue se desconectar, já que a região possui pouca recepção de celular, proporcionando um ambiente de tranquilidade para recarregar as energias.

Enquanto se adapta à vida no Rio, Artur Jorge tem o desejo de retomar um antigo hobby: o ciclismo. Em Portugal, ele costumava percorrer longas distâncias de bicicleta, atravessando diversas cidades ao lado da esposa, Maria Marques. Embora ainda não tenha retomado a prática por conta da falta de familiaridade com as ruas cariocas e o receio em relação à segurança, o treinador vê a bicicleta como uma forma de encontrar equilíbrio e clareza, essenciais para seu trabalho no Botafogo.

Apesar do bom momento no Botafogo, nem tudo é fácil para Artur Jorge. A saudade da família, que ficou em Portugal, é uma constante. Artur tem três filhos e três netos, e sempre viveu cercado pelos familiares. “Somos uma família muito unida, todos com ligação ao futebol. Meu filho é jogador profissional, meu genro também. Todos jogavam no mais alto nível em Portugal. Estávamos todos muito próximos. Hoje as coisas não são bem assim, todos nos afastamos muito”, conta o treinador.

Recentemente, Artur teve a oportunidade de receber os filhos e netos no Rio, aproveitando a visita para apresentar-lhes a cidade. Juntos, eles visitaram pontos turísticos como o Cristo Redentor, o Pão de Açúcar e algumas praias, além de levá-los para conhecer o Botafogo mais de perto, com uma visita ao treino aberto no Estádio Nilton Santos e compras na loja oficial do clube. “Foi um momento especial, criamos memórias maravilhosas juntos”, compartilha Artur.

Dentro de campo, Artur Jorge segue seu estilo próprio, mesmo que isso signifique fugir um pouco do padrão. Nos jogos, prefere usar roupas mais elegantes, como camisas polo, em vez do tradicional uniforme de treino. Esse estilo mais formal, que é comum entre treinadores na Europa, é algo que ele faz questão de manter, buscando sempre estar bem vestido na beira do campo.

Com a ajuda da esposa, Maria, que largou tudo em Portugal para acompanhá-lo nessa nova aventura, Artur tenta se adaptar à rotina intensa do futebol brasileiro. Ela o apoia em todos os momentos, ajudando-o a manter o foco e a motivação necessários para liderar o Botafogo em uma campanha que, até agora, tem superado as expectativas. “Ela pegou esse projeto como se fosse dela, largou os seus, para embarcar nessa aventura”, elogia Artur.

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