Contratações do Inter
O presidente Alessandro Barcellos tentou novas contratações nos primeiros momentos em que assumiu o Inter. Porém, o mandatário não teve sucesso em algumas investidas no mercado.
Um desses casos foi o do atacante chileno Carlos Palacios. Tratado como grande promessa, o atleta foi adquirido por cerca de 3 milhões de dólares (mais de R$ 16 milhões à epoca). Ele atuava pelo Unión Española-CHI, mas nunca jogou bem no Internacional.
“Foi difícil. Foi um passo gigante, uma mudança radical e significativa em todos os sentidos. Tanto de vida, de costumes. Financeiramente, foi uma mudança muito grande para mim. Então tudo foi difícil”, revelou o jogador.
Atualmente jogando no Colo-Colo, do Chile, Palacios desabafou ao podcast Sin Retoque. Ele disse que a pandemia foi outro fator que dificultou sua adaptação em Porto Alegre, além da barreira do idioma.
Palacios deixou o Colorado para ir ao Vasco
“No começo, tinham que traduzir tudo. Me sentia inútil. Explicavam as atividades de treino e eu não entendia nada. Chegava em casa e dizia: ‘por que me precipitei tanto?’. Não queria treinar tanto, porque a cabeça não deixava”, lamentou.
O jogador também viveu um drama familiar: estava sozinho no Brasil e, ao mesmo tempo, não conseguiu acompanhar os primeiros meses de vida do filho. Logo após, ele foi negociado pelo Inter com o Vasco.
“Tinha nascido meu primeiro filho há pouco. Não podia aproveitar tempo com ele. Só o via crescer de longe. Houve a soma de várias circunstâncias que foram ocorrendo, que foram me ‘matando’ e depois não fui 100% profissional também”, assumiu.
Chileno sentiu a pressão no Brasil
Por fim, outro fator que prejudicou o desempenho de Carlos Palacios foi a pressão do futebol brasileiro. O meia-atacante admite que não conseguiu se adaptar a esse fatos.
“Eu jogava no Unión. Ele sempre põe, não sei, três mil pessoas, quatro mil no estádio. No Brasil, enchiam os estádios. A pressão era gigantesca. Sabia que tinha ganhar todos os jogos. Era algo que eu não tinha vivido aqui ainda”, comentou.