Ecclestone criticou as atitudes e posturas da FIA
O ex-chefe da Fórmula 1, Bernie Ecclestone, de 94 anos, criticou duramente o que vê como um excesso de punições aplicadas pela FIA nas corridas da categoria. Durante o último fim de semana, no GP de São Paulo, Ecclestone fez críticas sobre o rigor das penalizações recentes, que, segundo ele, afetam o espírito competitivo da Fórmula 1.
Ele apontou a penalização dupla de 10 segundos imposta a Max Verstappen no GP do México como um exemplo de exagero e desnecessário impacto no resultado da corrida.
“Está ficando louco! Parece que a regra agora é: ‘Não brigue, senão terá problemas.”, afirmou Ecclestone à emissora belga RTBF, referindo-se ao crescente número de penalidades aplicadas pela FIA.
“Vimos no México, duas penalidades de dez segundos por isso. E se acontecer algo mais sério? Quantos segundos vão dar? Acho que já passamos do limite. Não é mais realmente uma corrida.”, criticou o ex-dirigente, que comandou a categoria por mais de quatro décadas.
Ex-chefe fez história, e às vezes se pronuncia sobre o rumo da competição
Desde que deixou o comando da Fórmula 1 após a compra da categoria pela Liberty Media, Ecclestone tem se pronunciado sobre o rumo da competição. Apesar de reconhecer a importância de algumas mudanças, ele acredita que a direção atual está prejudicando a competitividade com tantas regras.
“As punições estão cada vez mais influenciando o resultado das corridas, e não é assim que a Fórmula 1 deve ser.”, disse ele em entrevista.
Para ele, há coisas que precisam ser repensadas na categoria
“Tudo muda no mundo, e isso não é necessariamente ruim. Não digo que os atuais proprietários estejam fazendo um trabalho ruim, mas acredito que há coisas que precisam ser repensadas e ajustadas.”, completou Ecclestone.
Para Ecclestone, o excesso de regulamentação limita o que ele define como o “instinto natural dos pilotos” e o entretenimento para os fãs, que querem ver disputas intensas. O veterano do esporte afirmou que há necessidade de uma reavaliação nas regras, para equilibrar a segurança com a essência da competição. “A Fórmula 1 precisa deixar os pilotos correrem, sem o medo constante de uma punição.”, finalizou.