Indisciplina pesou
A venda do lateral-esquerdo Esquerdinha pelo Fluminense ao Queens Park Rangers, da Inglaterra, por 600 mil euros (cerca de R$ 3,5 milhões), foi motivada por uma série de fatores nos bastidores. Segundo dirigentes do clube, o jogador de 18 anos teria cometido atos de indisciplina e não aceitou bem a decisão do clube de recolocá-lo em Xerém para ganhar mais experiência.
Além disso, o estafe do atleta pressionou o Fluminense para concretizar a negociação, chegando a ameaçar uma manobra jurídica caso a venda não fosse realizada. Diante desse cenário, a diretoria do clube optou por aceitar a proposta dos ingleses, garantindo 60% dos direitos econômicos do jogador na transação.
Ordem na casa
A saída de Esquerdinha ocorre em um momento em que o Fluminense busca manter a disciplina e organização nas categorias de base, um dos pilares do clube nos últimos anos. Apesar do talento do jogador, o descontentamento e a pressão externa pesaram na decisão final.
Agora, o jovem lateral terá a oportunidade de se desenvolver no futebol europeu, enquanto o Fluminense segue monitorando o mercado para repor sua saída e manter a competitividade do elenco.
Atos que acarretaram a saída do atleta
Mesmo com uma saída conturbada, o dirigente afirmou que a venda foi feita dentro dos valores de mercado e sem comprometer a competitividade da equipe.

”O Esquerdinha teve aquela oportunidade ano passado na Libertadores acabou falhando. Depois ficou um tempo ali fora da equipe, até pra preservar o atleta. O que o que o clube fez? Informou a ele que ele voltaria para Xerém. Porque num primeiro momento não treinaria mais com o grupo principal. Eis que, o Esquerdinha se recusou a voltar pra Xerém. Não aceitou voltar pra Xerém. E assim como o estafe dele, ele disse que pra lá não voltaria. E faltou pelo menos duas ou três atividades, três treinos, pelo menos.”
”O Fluminense, obviamente, tomou a atitude para resolver a situação. E o estafe do jogador falou, se ele não for jogar no profissional, ele vai jogar em outro lugar. Porque pra Xerém, ele não vai voltar. E aí, os empresários colocaram o Fluminense na parede. Chegaram inclusive a ameaçar de fazer uma manobra jurídica para tirar o Esquerdinha do Fluminense.
”Diante disso e de outros problemas disciplinares que o Esquerdinha já tinha apresentado, o estafe do jogador chegou com essa proposta do Queens Park Rangers que aí o Gabriel Amaral apurou os valores: 600 mil euros por 60% do jogador. Fluminense ficou com 40% do Esquerdinha e recebeu cerca de 3,5 milhões de reais para fazer essa negociação. Se ele der certo lá, o Fluminense tem 40% numa futura venda.”