Flamengo e o adeus ao Brasileirão
O sonho do eneacampeonato brasileiro acabou. Após liderar a tabela em abril pela primeira vez em três anos, o Flamengo chega às últimas rodadas da Série A sem chances matemáticas de título.
Uma sequência de tropeços, somados a momentos decisivos desperdiçados, custou caro ao time. Com oito pontos perdidos em jogos chave, a equipe vê o Botafogo distante no topo, 10 pontos à frente.
Tudo começou no dia 17 de abril, quando o Flamengo, de Wesley, venceu o São Paulo por 2 a 1 no Maracanã e assumiu a liderança do Campeonato Brasileiro. O retorno ao topo da tabela, algo que não acontecia há 115 rodadas, trouxe esperanças renovadas. Mesmo com desfalques durante a Copa América, o Rubro-Negro demonstrou força e consistência, alimentando a confiança interna para buscar um título que não vem desde 2020.
Flamengo irregular
Mas o segundo turno revelou outro Flamengo: um time irregular. Entre os tropeços, destacam-se o empate com o Palmeiras no Maracanã, após um gol sofrido nos minutos finais, e o duelo contra o Vasco, quando o Rubro-Negro dominou o jogo, mas cedeu o empate novamente nos minutos decisivos.
Ambas as partidas custaram dois pontos cada e marcaram o início de uma sequência que tiraria o time da briga pelo título. Análises indicam que a falta de regularidade foi determinante. Para especialistas, momentos como o pênalti perdido por David Luiz contra o Atlético-MG ou as lesões de jogadores importantes, como Everton Cebolinha e Luiz Araújo, tiveram impacto significativo na trajetória do Flamengo.
A transição de técnicos, de Tite para Filipe Luís, também não ajudou a estabilizar o time. Se os oito pontos perdidos fossem convertidos em vitórias, o Flamengo estaria hoje com 71 pontos, apenas dois atrás do líder Botafogo.
Filipe Luís quer foco no Brasileirão
O cenário seria completamente diferente, com o Rubro-Negro ainda vivo na briga pelo título. Contudo, a realidade é outra, e o jejum de quatro anos sem disputar o Brasileirão nas últimas rodadas persiste.
Para Filipe Luís, o Brasileirão precisa voltar a ser prioridade absoluta. Em entrevista, o técnico destacou: “Enquanto eu estiver aqui, o Brasileiro sempre será nosso principal foco. É o campeonato mais difícil e também o mais prazeroso de conquistar. Assumo a culpa por não disputar o título este ano, mas aprendemos que a regularidade, especialmente contra times de rebaixamento em casa, é o que define o campeão.”
