Corinthians enfrenta desafios na venda dos naming rights do CT e na captação de patrocínios
O Corinthians não conseguiu avançar nas negociações para a venda dos naming rights de seu centro de treinamento, contrariando a expectativa do presidente Augusto Melo, que há seis meses havia classificado a possibilidade como “bem adiantada”.
A receita prevista com a venda dos naming rights do CT Joaquim Grava era uma das várias fontes de receita de marketing que o clube esperava alcançar para 2024. No início de seu mandato, Augusto Melo enfatizou a importância desse acordo. Em janeiro, quando anunciou o patrocínio máster da VaideBet, o presidente afirmou.
— Está muito bem adiantado, vem coisa boa aí. Quero que saibam da minha boca, estamos trabalhando forte para isso. Tem algumas interessadas. Vai ser um marco dessa administração e na nossa história. Com isso vou cumprir a minha promessa: o maior desejo é ampliar a nossa arena. Com essa receita vamos ampliar a arena – disse o técnico.
Contudo, o otimismo inicial do presidente não se concretizou, e o departamento financeiro do clube já havia excluído essa receita do orçamento de 2024. Além da dificuldade em vender os naming rights do CT, outras receitas previstas também não se materializaram. O Corinthians projetava faturar R$ 263,2 milhões com patrocínios em 2024, mas terá de revisar esse número para um valor bem mais conservador.
O espaço principal da camisa está vago desde a saída da VaideBet, há pouco mais de um mês. Além disso, o clube tem cinco outras propriedades disponíveis no uniforme: barra traseira da camisa, parte superior das costas, ombros, parte traseira do calção e meião.
Vinicius Manfredi, o novo superintendente de marketing do Corinthians, está em busca de um novo patrocínio máster, estimado em R$ 100 milhões por ano. O clube recebeu propostas de várias casas de apostas, que veem o Corinthians como uma vitrine importante na Série A, especialmente em um momento em que poucos clubes têm um alcance similar disponível para patrocinadores.
Apesar da forte concorrência entre as casas de apostas pelo patrocínio máster, as negociações para outras propriedades do uniforme têm sido mais complicadas. Além das dificuldades financeiras decorrentes de um desempenho abaixo do esperado no Brasileirão e das polêmicas extracampo, muitas empresas já destinaram seus orçamentos de publicidade para 2024.
Diante desse cenário, o clube precisará de uma reviravolta significativa para atingir a previsão de faturamento de R$ 936,7 milhões e, assim, cumprir o objetivo de fechar o ano com as contas no azul.
Atualmente, o Corinthians conta com cinco patrocínios ao time de futebol masculino: Foxlux (barra frontal da camisa), Ezze Seguros (parte superior das costas), Ale (peito), Banco BMG (mangas) e Unicesumar (calção). Na ausência de um patrocinador máster, o clube tem utilizado o espaço principal da camisa para promover ONGs, como a Cufa (Central Única das Favelas) e a AACD (Associação de Assistência à Criança Deficiente).
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