Rodrigo Caio, um dos ídolos do Flamengo, teve sua trajetória no clube marcada por altos e baixos significativos. Entre 2019 e 2023, o zagueiro contribuiu para a conquista de 11 títulos, tornando-se uma figura emblemática para os torcedores. Sua despedida do Maracanã, ovacionada pela torcida, destacou seu status de muita importância dentro da equipe.
Contudo, a carreira de Rodrigo foi severamente impactada por problemas físicos. Ao longo dos anos, ele enfrentou múltiplas lesões, mas foram os problemas recorrentes no joelho que mais comprometeram seu desempenho. Essas dificuldades foram particularmente agudas entre 2021 e 2022, períodos nos quais as lesões se tornaram um obstáculo constante.
O episódio mais desafiador ocorreu durante um treino sob o comando de Domènec Torrent, em 2020, quando Rodrigo sofreu uma lesão no joelho direito em um choque com Michael. Essa lesão desencadeou uma série de complicações no mesmo joelho, que se agravaram com o tempo, exigindo uma gestão cuidadosa da dor e da capacidade de jogo do atleta.
— No meio de 2020, quando o Domènec tinha acabado de chegar, tive outro trauma na mesma região. Eu estava levando a bola, fiz o movimento, o Michael escorregou, eu escorreguei. Quando escorreguei, o joelho dele bateu na parte medial do meu joelho. Aí começou a agudizar, edema ósseo pelo trauma. Foi aquela luta para recuperar e ficar disponível para treinar, jogar, sempre com muita dor. Ao invés de parar, dar um descanso, recuperar, fortalecer, tirar a dor. Eu fui, e foi agravando. Chegou um momento que ficou muito difícil, que foi na final da Libertadores (2021). Cheguei no limite do limite, explicou Rodrigo.
Renato Gaúcho, técnico do Flamengo na época, desempenhou um papel crucial durante essa fase difícil. Ele desenvolveu um plano específico para Rodrigo, permitindo que o zagueiro continuasse a contribuir com a equipe até a final da Libertadores de 2021. Renato proporcionou a Rodrigo períodos de descanso alternados com participações em jogos.
— O Renato foi um cara muito especial para mim, porque ele me ajudou muito. Eu queria ter parado antes, ele dizia: ‘eu preciso de você’. Eu falava: ‘Renato, não aguento mais, eu preciso parar’. Não parei, ele começou a me dar descanso, às vezes não treinava, jogava. Fui levando até a final da Libertadores, revelou o zagueiro.
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