Palmeiras pronto para o mata-mata do Paulistão
O Palmeiras garantiu a melhor campanha da primeira fase do Campeonato Paulista depois de vencer o Botafogo-SP por 1 a 0 no último final de semana. O gol foi marcado por Rony, na segunda etapa.
O adversário do mata-mata já está definido. Ainda sem poder jogar no Allianz Parque, o Verdão recebe a Ponte Preta na Arena Barueri, no sábado (16). A bola rola às 18h, horário de Brasília.
Na manhã desta quarta-feira (13), o técnico Abel Ferreira comandou treino tático na Academia de Futebol. O foco da comissão foi na parte defensiva, mais especificamente na marcação.
Durante o Estadual, Abel optou por fazer testes no time titular. O português mudou formação, peças que começaram os jogos e outros que entraram no decorrer da partida. Agora, é hora do time ideal para a temporada.
Choque-Rei dos bastidores
Apesar de já estar na fase eliminatória, o Paulistão de Palmeiras e São Paulo segue preso no Choque-Rei que aconteceu no início do mês de março. Durante e após a partida muitas coisas aconteceram extracampo.
Uma das questões que repercutiu muito nos bastidores foi o insulto de Carlos Belmonte, dirigente do São Paulo, direcionado a Abel Ferreira. O cartola são-paulino utilizou termo xenófobo para se referir ao treinador.
O Tribunal de Justiça Desportiva de São Paulo (TJD-SP) havia marcado o julgamento de Belmonte, jogadores do rival e outros representantes do clube do Morumbis para esta quinta-feira (14).
Gerente do Palmeiras se revolta com decisão do TJD-SP
No entanto, o julgamento não irá acontecer. Antes mesmo da homologação da punição, o diretor divulgou um vídeo pedindo desculpas ao treinador palmeirense. Após isso, o TJD-SP cancelou a sessão e definiu a pena.
Ao todo, o São Paulo pagará R$ 205 mil de multa, incluindo os R$ 50 mil de Carlos Belmonte, que além do valor em dinheiro, ficará proibido de entrar em jogos do Paulistão pelo período de 30 dias.
Em entrevista ao GE, Anderson Barros, gerente de futebol do Verdão, se mostrou indignado com a decisão do órgão competente. Para ele, foi aberto um precedente perigoso para casos parecidos no futuro.
“É uma indignação com a forma como o processo foi feito. Tem algo muito grave que envolve isso”, iniciou Barros. O gerente reclamou da divulgação do vídeo antes da transação disciplinar ser assinada.
“Se comete um ato grave e para não ser punido levanta o dedo e pede desculpas? E mais, vaza-se um vídeo antes da transação (disciplinar esportiva) ser assinada. Acho que estamos perdendo por completo a noção do que é racional, em uma situação como essa”, completou.
Segundo Anderson, o vídeo onde Belmonte pede desculpas para Abel nunca foi enviado para o Palmeiras e nem ao próprio treinador. Ele ainda critica a atitude do são-paulino, que não procurou o português.
“Nunca foi enviado ao Palmeiras (o vídeo) e não cabe enviar ao Palmeiras. Um vídeo transacional eu não consigo entender que ele tem valor que tem que ter. Quando você quer pedir desculpas a alguém, vai falar com a pessoa”, opinou.