Julgamento de Daniel Alves tem desfecho
O caso Daniel Alves vem mexendo com pessoas de todo o planeta. Afinal, muitos que o tratavam como ídolo, repensaram isso após todo o ocorrido. Em contrapartida, há aqueles que acreditam na inocência do ex-jogador.
Defendendo a Seleção Brasileira nas Copas do Mundo de 2010, 2014 e 2022, ele vem cumprindo pena em uma prisão em Barcelona após ser acusado de cometer agressão sexual em uma boate na cidade espanhola. O ocorrido se deu em dezembro de 2022.
O ex-atleta que também jogou pelo São Paulo chegou em muitas oportunidades a tentar pedidos de liberdade provisória, mas recebeu não da Justiça da Espanha, sempre.
Daniel Alves chegou, inclusive, a tentar um acordo com a vítima, que segue tendo sua identidade preservada. No entanto, na ocasião, a advogada da acusação não topou e afirmou isso ser impossível de acontecer.
Ex-atleta é considerado culpado e é condenado
Após pouco mais de um ano do ocorrido, Daniel Alves foi considerado culpado pela justiça espanhola pelo crime de agressão sexual. A situação acabou se arrastando por muito tempo, mas chegou ao seu desfecho.
A juíza Isabel Delgado Pérez, da 21ª Seção da Audiência de Barcelona, anunciou a sentença de quatro anos e meio de prisão para o lateral que jogou com Neymar, Suárez e Messi no Barcelona Ambas as partes poderão apelar para recurso da decisão.
Após cumprir sua pena em regime fechado, Daniel Alves ainda será imposto a cumprir um período de cinco anos em liberdade vigiada. Ele deverá se manter longe da casa ou do local de trabalho da denunciante por pelo menos um quilômetro. Ele não poderá, também, entrar em contato com ela.
Além disso, o ex-jogador irá precisar pagar uma indenização para a vítima no valor de 150 mil euros (quase R$ 804 mil, conforme a cotação atual), por danos morais e físico. Ele ainda terá que arcar com os custos dela em todo o processo.
Comunicado oficial diz que a denunciante não consentiu
Oficialmente, a justiça espanhola emitiu um comunicado sobre a condenação de Daniel Alves e que existem elementos que provam que a vítima não consentiu, justificando a sentença.
“O tribunal considera provado que ‘o acusado agarrou abruptamente a denunciante, a jogou no chão e, a impedindo de se mexer, a penetrou pela vagina, apesar de a denunciante ter dito que não, que queria ir embora’. E entende que “isso cumpre o tipo de ausência de consentimento, com uso de violência, e com acesso carnal”, dizia um trecho.
Mesmo com a sentença, o tempo em que Daniel Alves ficará preso é muito menor do que a acusação esperava. O pedido era que ele fosse sentenciado com a pena máxima. Ou seja, 12 anos de reclusão, enquanto a promotoria pedia nove.
Acabou, inclusive, vindo à tona que Neymar ajudou o ex-companheiro: “A defesa depositou 150 mil euros na Justiça como ‘atenuante de reparação de dano’ (…) Para esse pagamento, ele contou com a ajuda de Neymar e família, já que o lateral direito não estava conseguindo acessar seus bens”, informou publicação da Folha de São Paulo.